Nas últimas décadas o conceito de família tem vindo a adquirir um âmbito muito mais vasto, porque novas tendências, novas configurações familiares têm permitido novas conceções de família e da organização da vida dos seus membros, sendo valorizada por alguns nos seus hábitos tradicionais e por outros no seu progresso moderno.
É para este presente e futuro de mudanças onde vão existir cada vez mais diferenças, que temos de educar os nossos filhos. Os filhos de famílias monoparentais já nascem neste conceito de diferença e diversidade e na verdade, acabam por já levar algum avanço relativamente aos filhos de famílias tradicionais, onde estes temas podem até nem ser abordados em casa.
Mas ser mãe independente ou solteira é um desafio. Conciliar as responsabilidades do dia-a-dia com a educação dos filhos exige força, organização e muito amor. Mas como criar filhos independentes e autónomos num lar monoparental? Essa é uma pergunta que muitas mães se fazem, e este artigo está aqui para a ajudar!
Criar filhos num lar monoparental tem as suas particularidades. A ausência de um dos progenitores pode gerar inseguranças e medos nas crianças, mas também pode ser uma oportunidade para desenvolver a independência e a autonomia desde cedo. Afinal, a necessidade de lidar com os desafios do dia-a-dia e a responsabilidade partilhada podem fortalecer os laços familiares e preparar os filhos para a vida adulta.
A comunicação aberta e honesta é muito importante. Conversar com os seus filhos sobre a estrutura familiar de forma clara e adequada à idade deles. Responder às suas perguntas com sinceridade e naturalidade, acolhendo os seus sentimentos e medos. Explicar os motivos da ausência do pai, sem fazer julgamentos ou críticas.
Estabelecer limites é fundamental. Numa família de dois progenitores há sempre um equilíbrio. Há sempre um mais brando do que o outro. Aqui a mãe tem o papel bom e mau. Aquela que acarinha mas que também ralha e põe de castigo. É muito importante definir regras claras e consistentes, explicando os motivos que estão por detrás das mesmas. Seja firme e carinhosa ao mesmo tempo, mostrando que os limites são importantes para o bem-estar e a segurança de todos. Incentive a participação dos seus filhos na definição de algumas regras e consequências, para que se sintam parte do processo.
Incentivar a responsabilidade atribuindo tarefas domésticas de acordo com a idade e capacidade de cada criança pode até ser motivador e divertido! Isto ajuda a desenvolver o sentido de responsabilidade, organização e colaboração. Reconheça e elogie os seus esforços, mostrando que confia nas suas capacidades.
Promover a autoestima é crucial para a formação de uma personalidade sã e para a sua afirmação enquanto cidadão. O educador tem um papel relevante e determinante na educação para a promoção da autoestima. É importante demonstrar o amor e apoio incondicional. É importante valorizar as qualidades e conquistas dos seus filhos, por mais pequenas que sejam. Podem ser pequenas para si mas enormes para eles. Incentive-os a perseguir os seus sonhos e a acreditar em si mesmos. Dedique tempo de qualidade para se conectar com eles, demonstrando interesse pelas suas atividades e sentimentos.
Neste processo nunca podemos esquecer-nos que o pilar desta família, que é a mãe também tem de cuidar de si mesma. Lembre-se que você também precisa de tempo para cuidar de si! Procure apoio de amigos, familiares ou grupos de apoio para mães independentes. Reserve momentos para relaxar, divertir-se e recarregar as energias. Uma mãe feliz e realizada é fundamental para criar filhos fortes e autónomos.
Lembre-se, o percurso da maternidade a solo pode ser desafiadora, mas também é incrivelmente recompensadora. Ao criar filhos independentes e autónomos, você está a prepará-los para o sucesso e a felicidade na vida adulta.
Confie em si mesma, no seu amor e na sua capacidade de criar seres humanos incríveis!